quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Desnutricao Infantil

Dr. Newton Ataliba Madsen Barbosa Junior.

RG: 3.541.642 = SSP=                           CPF:358.030.108/04
CRM: 23127




Desnutrição infantil

Resumo: O autor ivedencia condutas em relação ao manejo em relação da criança desnutrida,quando internada.


Na enfermaria destinada aos indigentes, como se denominava os pacientes nos anos 70 que não tinham nem IMPS ou recurso financeiros, aceitava para internação na minha clinica particular pronto atendimento EMMANUEL, em Ribeirão Preto-SP, Brasil.
Com custos financeiros próprios, crianças desnutridas, que por não estar tão grave correndo risco de vida ou ter só a desnutrição como doença principal, não conseguiam vaga no serviço de Pediatria do Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto-SP, Brasil, eram encaminhadas pelo residente de pediatria, para nossos cuidados, isto de 1976 a 1983.
Na admissão elas apresentavam ao exame físico, abdômen globoso, fígado palpável, aumento do peristaltismo intestinal, pele ressecada, com pouquíssimo sub cutânea, as vezes desidratação, anemia e diarréia, não deambulavam, pouco se mexiam, sempre gemente, mesmo sem patologias aparentes (pneumonia), evidentemente com peso estatura e desenvolvimento muito abaixo do esperado, pouquíssimo cabelo, choravam muito. Alem dos cuidados básicos de um serviço de pediatria, hidratação, exames de sangue normais para o caso, se realizava na entrada cultura de todas as cavidades, orofaringe, nasal, urina e fezes.
Nestas culturas de orofaringe e nasal,encontrei mesmo sem febre ou patologias evidentes, bactérias patogênicas, crônicas, assintomaticas, numa combinação que nao obedecia uma regra: Exemplo uns com Escherichia Coli e Streptococcus, outros com Staphilococcus...
Descobri, ser importante saber o tipo de bacteria que cada individuo aceita ,como portador, porque, num quadro patológico, ajuda na conduta de escolha do antibiótico.
A diferença desta cultura que realizava, é que considerava tudo o que crescia, e não só aquela bactéria que tem mais, não se considerando poucas colônias de outra. O que descobri é que, em determinado momento tem muitas colônias de uma bactéria A e poucas de B e quase nenhuma de C, após uns dias aumentaria a C d diminuiria a A.
O importante deste conhecimento é que sabendo a bactéria causadora, saberíamos o antibiótico certo para atender uma infecção grave.
Estas culturas na época eram colhidas com Swab estéril e semeadas em agar sangue, agar sai manitol e agar Macconkey, colocadas em estufa bacteriológica pelo tempo convencional.
Das culturas de urina achei em 40% positivas, culturas colhidas após esterilização com germ hand, usado-se cubas e cuias auto-clavadas previamente, com coletores de saquinhos, sempre as primeiras urinas.
Na culturas de fezes, como estes pacientes apresentam na maioria diarréia, encontrávamos em quase 95% Staphilococcus Aureus coagulase positiva nas culturas,dificilmente encontrava coliformes patogênicos (estes teriam um quadro mais grave e teriam ficado internado ou no HC nas cidades de origem). Mas nem todos com cultura de fezes positiva para Staphilococcus  tinham diarréia. As culturas eram colhidas com swabs diretamente do anus ou fezes recém eliminadas.
As culturas de urina positivas eram tratadas pelo antibiograma, semeadas em agar mueller hinton, com controle periódico, como a clinica, não precisava se precipitar em altas ficavam ate que ganhassem peso e recobrassem o desenvolvimento, a cultura para Staphilococcus passava ser negativas, após antibioticoterapia, na época acreditava que se devia ao fato de por ter sido tratadas, não voltavam.
Hoje sabemos que como a contaminação alimentar é a responsável pelo quadro,ao voltar para casa as crianças iriam ingerir alimentos contaminados, e teriam de volta a infecção. Na clinica elas eram alimentadas com alimentos frescos e leite pasteurizado, sem contaminação pelo Staphilococcus, com a volta da infecção crônica em casa, pela falta de higiene em conservar alimentos ou pelo alimento ingerido, tipo: Lixão,pedindo restos nas portas de casa, e restaurantes, falta de geladeira para conservar alimentos e mesmo tendo, pelo tempo de conservação  e posição dos alimentos  dentro da geladeira, neste aspecto detectamos ser o feijão o campeão em contaminação de um dia para o outro, elas voltariam a ter a infecção, mas como a desnutrição  havia sido debelada, teria um prognostico melhor. Detectei que qualquer infecção crônica intoxica o fígado, alterando o equilíbrio ortomolecular em qualquer idade, alterando colesterol hdi...
Por isto estas crianças apresentavam fígado palpável e barriga aumentada, sem força física para deambular, sem resistência, vindo a óbito por infecções generalizadas pela falta de resistência, taxas muito baixa de gameglobulina total.
No adulto a barriga aumentada, esteatose, cansaço, alteração do colesterol que não reverte com regime, envelhecimento, insônia,ansiedade, depressão, perda da libido, prazer e impotência, micoses., fungos na unha resistência a tratamento,candidiase que não respondem a medicamentos tradicionais,aftas resistentes, seriam em semelhança a mesma patologia dos desnutridos que tratei, que se revertem eliminando-se a causa, ou seja qualquer infecção crônica,melhorando o fígado e a resistência.
Os desnutridos eram alimentados com leite de vaca pasteurizado tipo C, mais de 50% de açúcar refinado preparados com  técnicas de esterilização semelhantes a que eram feitas no HC de Ribeirão Preto, após normalização do intestino e aceitação do leite e ganho do peso iniciava os alimentos sólidos.
Evidentemente a causa da desnutrição estaria associada ao padrão sócio econômico,padrão alimentar  e detecção de infecções crônicas que por serem afebris,passariam desapercebidas.O que pode acontecer ate em crianças de classe sócio econômica mais privilegiadas.
Vale ressaltar que pelas técnicas normais de microbiologia, o isolamento do Staphilococcus Aureus Coag+ nas fezes é complicado,aprendi que por diferenças climáticas (temperatura ambiente) e tempo de permanência na estufa influem no resultado,deve ter relação com quantidade de colônias em relação de flora normal,quantidade de infestação,o que tem relação com a sintomatologia,esta que salva a vista e aos ouvidos: referencia a cólicas, gazes, dor na barriga de qualquer intensidade, febrícula as vezes só a noite, enxaquecas sem explicação, dores abdominais localizadas (que se aumentarem tem que pensar em Crown), dores articulares que se aumentarem tem que pensarem artrite,lupus, dores lombares, azia, esofagite,refluxo,gastrite, historia  de malignização no aparelho digestivo, barriga aumentada,esteatose hepática, cansaço, insônia, depressão, alteração ortomolecular.
Deve-se entender o caso dos índios no Mato Grosso e Tocantins, que deveriam ingerir derivados do milho, e outros alimentos que fácilmente se contaminariam pelo Staphilococcus.
O que deveria acontecer nas centenas de crianças que internei e cuidei e que se as infecções crônicas o fígado funcionando bem, melhor as funções melhora do equilíbrio ortomolecular, reconstituindo de mucosas do intestino, melhora da absorção e ganho de peso e desenvolvimento,na época as que cuidei acredito espantava os residentes quando reecaminhavamos ao ambulatório de origem.

Conclusão: O autor evidencia a importância de infecções que nas experiências com pacientes desnutridos internados,eram responsável pela perda de desenvolvimento e explicação da desnutrição.


Dr Newton Ataliba Madsen Barbosa Junior
CEDAI ( Centro de Estudos e Diagnosticos de Alergia e Imunologia )

Contato :  16 3617-4704
Cel : 16 92712884

Email:isabelmadsen.b@gmail.com ou drnewtonataliba.madsenbarbosa@gmail.com
 









                            


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